A religiosidade é um aspecto importante na história do povo baiano. A Bahia é um Estado bastante religioso, e o catolicismo é classificado como a religião predominante. Entretanto, há uma variedade de religiões, seitas, igrejas, templos, terreiros, crenças separadas ou totalmente misturadas dentro do Estado.
Os colonizadores portugueses, ao chegarem no Brasil, tentaram converter à força os índios e os escravos negros, obrigando-os a abandonar as suas próprias crenças. Mesmo assim, estas crenças indígenas, e particularmente a religião africana, eram tão fortes e enraizadas que conseguiram sobreviver à perseguição católica.
O interessante desse sincretismo religioso é que os símbolos, as “lavagens” e as imagens retratam a religiosidade baiana, que por sua tradição atraem turistas e difundem a sua diversidade. A forte devoção da população e a capacidade de seu povo de misturar o sagrado e o profano são veiculados na mídia e compõem a identidade da Bahia. Contudo, essa mistura serve para reforçar a forte bagagem cultural que envolve o povo baiano.
Entre as crenças típicas e locais, merece ainda uma menção especial a macumba, uma mistura de espiritismo, candomblé e crenças indígenas.
A religião afro-baiana, geralmente chamada de candomblé, exerce até hoje uma grande influência sobre boa parte da população da Bahia. Com a maioria da população descendente de africanos, o candomblé e seus deuses e deusas, denominados de orixás, são bem conhecidos nesta Terra de Todos os Santos. Com a prática do candomblé, os elementos essenciais da identidade cultural dos negros africanos escravizados no Brasil foram preservadas.
O catolicismo chegou com os jesuítas e foi a religião dominante por muitos anos. A capital baiana possui centenas de templos católicos, sendo a cidade a sede do governo católico no país, morada do Arcebispo Primaz. A padroeira do Estado é Nossa Senhora da Conceição da Praia, cujo templo é alvo de culto. Apesar disso, o mais famoso é o culto ao Senhor do Bonfim, sendo considerado popularmente como padroeiro.
O protestantismo era um religião cristã que foi bem conhecida pelos baianos ainda na época da colônia. A mensagem protestante era dirigida aos católicos livres, geralmente moradores do campo, onde a ausência de moradores tornava vulnerável a crença da religião católica e seus dogmas. As principais denominações protestantes da Bahia são: Assembléia de Deus, Igreja Batista, Igreja Adventista, Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), Igreja Internacional da Graça de Deus, etc.
E, por fim, cita-se algumas outras crenças religiosas, que surgem em minorias, tais como: muçulmanos, mórmons e adeptos da umbanda. A porcentagem de pessoas “sem religião” chega a 10.2% (número expressivo), (IBGE, 2000).
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